quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Nova Espécie em Vias de Extinção

Um kipunji salta de um ramo para o outro uma floresta na Tanzania.
Esta descoberta classificou a espécie como "criticamente em risco de extinção" em Agosto de 2008.
Uma publicação de Julho contou apenas 1.117 indivíduos desta espécie, considerada a mais rara em África.
Descoberta em 2005, Rungwecebus kipunji foi primeiramente considerada como um tipo de mangabey e mais tarde identificada como o primeiro género de macaco encontrado desde 1923.
Foto por Tim Davenport/Wildlife Conservation Society


Uma descoberta recente reportou que uma espécie de macaco africano pode-se extinguir brevemente.

O estudo feito por investigadores da Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem (WCS) sobre a espécie de macaco "three-foot-tall" descoberto na Tanzânia, revelou que existem apenas 1,117 indivíduos.

O Rungwecebus kipunji foi listado como espécie "criticamente em perigo de extinção" - a classificação mais elevada antes da extinção - pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) em resposta ao trabalho desenvolvido pela WCS.

"Sem dúvida, eles são agora a espécie de macaco mais rara em África, e eu imaginava que existiam muito poucos em números reduzidos," disse Tim Davenport, director da WCS na Tanzânia, que lidera uma das duas equipas de investigadores que separadamente identificaram a espécie em 2005.

Davenport ajudou a IUCN a avaliar o status da conservação do kipunji.


Novo Género

Davenport disse que as ameaças principais para o kipunji são os caçadores e a desflorestação ilegal nos planaltos a sul da Tanzania e nas montanhas Udzungwa, que vão até aos 2400 metros de altitude.

Como adultos, os macacos cinzentos-acastanhados de pêlo comprido pesam cerca de 18 gramas e emitem um som unico "honk-bark", assim designados porque o som parece "um ganso seguido de um cão", disse Davenport.

Originalmente, os cientistas pensaram que o macaco era uma nova espécie de mangabey, mas em 2006 a análise do DNA revelou que esta espécie pertencia a um novo género de primatas, designado por Rungwecebus - é o primeiro género descoberto em Àfrica desde 1923.

Patricia Wright, primatologista da Universidade de Nova Iorque Stony Brook, disse: "Se realmente se trata de um novo género, depois de salvarmos a espécie este feito torna-se muito mais importante."

Este primata poderá desaparecer nos próximos 20 ou 50 anos se não for preservado, disse Wright.


Contando cada Indivíduo

O estudo da WCS - publicado em Julho no journal Oryx - foi o resultado de mais de 2.800 horas de trabalho de campo.

Davenport disse que os census estimam as populações através de amostragens e extrapolação estatística.

"O que decidimos fazer implicou um pouco mais de tempo...na verdade, nós tentamos contar cada individuo...foi um estudo um pouco invulgar."

20 investigadores levaram 6 meses para seguir os movimentos de 34 grupos de kipunji, usando um sistema de GPS. Cada grupo tinha entre 30 a 36 indivíduos.

A equipa encontrou os macacos a viverem em duas regiões remotas, numa área de 17.7 kilometros quadrados, o que explica o porquê de esta espécie ter iludido os cientistas por tanto tempo.

Os investigadores disseram também que a população reduzida e tímida, também contribuiu para a obscuridade desta espécie.

Publicada dia 4 de Agosto de 2008